Passando de carro, janelas abertas, a brisa rápida passando sobre minha face e meus fios de cabelo, longos e dourados, é refrescante a sensação, o contato do vento sobre mim.
Ao mesmo tempo que a marcação da velocidade parece aumentar, eu me vejo cada vez mais parada, meus pensamentos vão e vem, lembranças e sonhos também.
Das árvores pouco dá para se perceber, no meio de tantos elevadores de concreto, minhocas de metal e personagens sem fala, só me vêem em mente onomatopéias.
E o desespero de cada cidadão, ao muro de concreto que separa cada problema de cada um eu sigo em frente, observando e agradecendo por minha vida ser como é.
Quando fecho o vitrô, percebo que agora meus pensamentos voltam a correr na cabeça, o automóvel parou em frente de casa, eu continuo seguindo meus passos.
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